Santo Higino nasceu em Atenas, Grécia, e foi o nono Papa entre os primeiros doze bispos de Roma feitos por Santo Ireneu. Ele foi muito querido pelo povo e governou a Igreja por quatro anos, de 136 a 140, durante uma época de perseguições aos cristãos e ameaças de seitas heréticas. Neste período, os ataques dos pagãos haviam diminuído e a Igreja se encontrava ameaçada pela proliferação de heresias.
Dois hereges chamados Valentim e Cerdão tentaram enfrentar Roma espalhando a heresia do gnosticismo, uma mistura de doutrinas e práticas religiosas com filosofia e mistérios. O princípio fundamental do gnosticismo é o de que há uma fé comum que é suficiente para os incultos, mas existe uma ciência reservada aos doutos que oferece uma explicação filosófica da fé comum. Esses dois hereges foram excomungados pelo Papa Higino, que era conhecido como um filósofo de origem ateniense.
Santo Higino se esforçou para preservar a integridade do ensinamento evangélico e tomou o poderoso imperador Adriano como exemplo. Ele reformou as estruturas hierárquicas da Igreja, instituiu as Ordens menores para melhorar o serviço da Igreja e a preparação para o sacerdócio. Acredita-se que ele também instituiu padrinhos no batismo.
Santo Higino sofreu o martírio na perseguição desencadeada pelo imperador Antonino Pio, provavelmente no dia 11 de janeiro de 142. Ele é lembrado pelo seu compromisso com a preservação do ensinamento evangélico e pela sua luta contra as heresias. Hoje em dia, ele é venerado como santo pela Igreja Católica.
