Santa Helena

Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.
17 de agosto

Santa Helena, cujo nome completo é Flávia Júlia Helena Augusta, é uma figura histórica e religiosa que ocupa um lugar de destaque no Cristianismo. De origem plebeia e pagã, ela nasceu em meados do século III, provavelmente em Drepamin, uma cidade na Bitínia, situada no Golfo da Nicomédia, atual Turquia. A história de Santa Helena é marcada por uma jornada extraordinária de fé, humildade, caridade e devoção a Cristo, que a tornou uma das grandes santas da história cristã.

Origens Modestas e Conversão ao Cristianismo

Helena veio ao mundo em uma família plebeia, e desde cedo, demonstrava uma notável inclinação para a oração e a contemplação. Ela exerceu o cargo de “estabulária”, responsável pelos estábulos, na cidade onde nasceu. Sua beleza, modéstia e delicadeza cativaram Constâncio Cloro, um oficial do exército romano, que apesar de pertencer a uma classe social mais elevada, se apaixonou por ela. Constâncio casou-se com Helena e a levou consigo para Dardania, nos Bálcãs, onde ela deu à luz seu filho, Constantino, no ano de 280.

Contudo, a carreira política de Constâncio exigiu que ele se divorciasse de Helena e casasse com Teodora, enteada do imperador Maximiano. A lei romana não reconhecia o casamento entre plebeus e nobres, o que forçou Helena a se afastar de sua família e seu filho. Apesar de todas as adversidades, ela manteve-se humilde e dedicada, permanecendo na sombra enquanto seu filho Constantino ganhava prestígio na corte de Diocleciano.

A Conversão de Helena ao Cristianismo e Sua Influência em Constantino

Após a morte de Constâncio em 306, Constantino se tornou o chefe do império e mandou buscar sua mãe, Helena, para juntar-se a ele na Corte. Não se sabe ao certo quando Helena se converteu ao Cristianismo, mas ela tornou-se uma cristã fervorosa e piedosa. Alguns acreditam que ela influenciou a conversão de Constantino, enquanto outros afirmam que foi ele quem a converteu. Independente disso, a fé de Helena teve um impacto profundo na vida de Constantino.

Constantino, reconhecendo a importância da mãe, conferiu a ela o título de Augusta, e Helena teve livre acesso ao tesouro imperial. No entanto, as honras jamais afetaram seu coração humilde. Ao contrário, ela se dedicou ainda mais ao próximo, praticando obras de misericórdia, dando esmolas aos pobres e libertando prisioneiros. Sua influência na conversão de Constantino e na promulgação do Edito de Milão, em 313, que concedeu a liberdade de culto aos cristãos após séculos de perseguição, é amplamente reconhecida.

Publicidade

Receba conteúdos exclusivos para ajudar no seu relacionamento com Deus!

Peregrinação à Terra Santa e Descoberta da Verdadeira Cruz

Em 326, Helena embarcou em uma jornada penitencial à Terra Santa, uma peregrinação espiritual que a levou a lugares sagrados associados à vida de Jesus Cristo. Lá, ela mandou construir duas Basílicas em Belém e no Monte das Oliveiras. A iniciativa de Helena inspirou Constantino a construir também a Basílica da Ressurreição.

Em suas atividades na Terra Santa, Helena ordenou a destruição de edifícios pagãos, construídos pelos romanos, e no local onde se acreditava ter sido o Gólgota, ocorreu uma descoberta milagrosa: um cadáver encontrado sobre um madeiro ganhou vida. Esse foi um dos eventos que levaram à descoberta da verdadeira Cruz de Cristo. Helena doou três cravos, que perfuraram o corpo de Jesus, para Constantino. Um desses cravos foi encastrado na Coroa de Ferro, preservada na Catedral de Monza, como símbolo da soberania submetida à vontade de Deus. As relíquias da Verdadeira Cruz foram guardadas na Basílica romana de Santa Cruz de Jerusalém.

Legado e Falecimento

Helena faleceu em 329, aos 80 anos de idade, em um local não identificado. Durante seu leito de morte, seu filho Constantino a assistiu e depois levou seu corpo para a Via Labicana, em Roma, onde foi sepultado em um mausoléu em sua homenagem. O sarcófago de Helena, feito de pórfiro, foi transferido para o Latrão, no século XI, e hoje é conservado no Museu Vaticano.

O culto a Santa Helena se espalhou pelo Oriente e Ocidente, sendo celebrada em 21 de maio e 18 de agosto, associada ao símbolo da Cruz. Sua grandeza espiritual é lembrada até os dias de hoje, e ela foi imortalizada junto a outros santos em monumentais estátuas nos pilares da Cúpula de Michelângelo, na Basílica do Vaticano.

Conclusão

A história de Santa Helena é uma jornada notável de fé, devoção e humildade. De origens modestas, ela enfrentou desafios e adversidades, mas manteve-se fiel a suas crenças e valores cristãos. Sua influência sobre seu filho Constantino, um dos mais importantes imperadores romanos, e sua descoberta da Verdadeira Cruz tornaram-na uma figura icônica no Cristianismo. Sua vida é um exemplo inspirador de generosidade, caridade e devoção a Deus e ao próximo. O legado de Santa Helena continua vivo até hoje, lembrando-nos da importância de seguir os ensinamentos de Cristo e praticar a caridade em benefício de todos.

Fontes:

– Vatican News
– Canção Nova
– Martirológico Romano
– Liturgia das Horas

Produção, pesquisa e redação: Fellipe S. de Oliveira

Imprimir
Enviar
Qual o dia de Santa Helena?
17 de agosto
Santa Helena é padroeiro(a) de que?