São João de Ávila

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10 de maio

João de Ávila nasceu em 6 de janeiro de 1499, em Almodóvar del Campo, na Espanha. Estudou Direito na Universidade de Salamanca, mas passou por uma profunda experiência de conversão, decidindo abandonar os estudos, voltar para casa dos pais e tornar-se sacerdote. Com 27 anos, foi ordenado padre em 1526. Nutria em si o desejo de ser missionário na América, mas a vontade de Deus era outra, e ele acabou exercendo seu ministério no seu país natal. Começava a experimentar na vida as prensas de Deus.

Vida de São João de Ávila

Outra prensa veio pouco tempo depois de ordenado. Em 1931, por causa de uma má interpretação de uma pregação, João foi preso pela Inquisição Real. Passando dois anos no cárcere, deu início à primeira versão da sua obra “Audi, filia”, em que fala do amor esponsal entre Cristo e a sua Igreja, em conselhos de ascética a uma jovem que acompanhava. Segundo Bento XVI, foi ali, naquele tempo de privação, de perseguição injusta e de incompreensão, que João “recebeu a graça de penetrar com profundidade singular no mistério do amor de Deus e no grande benefício feito à humanidade pelo Redentor Jesus Cristo”.

Vontade de Deus

Absolvido em 1533, retoma com fervor a pregação do Evangelho na Espanha em várias cidades. O seu único desejo era converter as almas. Era sensível às inspirações do Espírito à Igreja de sua época, que passava por difíceis provas, provenientes do humanismo e do processo de reforma que se instalava na Europa. Atendia incessantemente os penitentes através do Sacramento da Reconciliação.

Particularidade

Na vida interior, prezava pela pobreza e pela instrução das crianças e dos jovens, sobretudo daqueles que se preparavam para o sacerdócio. Além de Audi filia, classificado por Bento XVI como um clássico da espiritualidade, escreveu “O Catecismo, ou Doutrina cristã”, “O Tratado do amor de Deus”, “O Tratado sobre o sacerdócio”, “Os Sermões e Homilias”, além de comentários bíblicos da Carta aos Gálatas à Primeira Carta de João.

Méritos

Tornou-se um grande teólogo, mas, como filho de seu tempo, também deu contribuições humanistas como invenções de algumas obras de Engenharia, fundação de colégios menores e maiores que, depois do Concílio de Trento, se transformaram em seminários conciliares, criação da Universidade de Baeza, além da proposta da criação de um Tribunal Internacional de arbitragem para evitar as guerras.

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Frutos

Foi responsável pela conversão de São João de Deus e São Francisco Borgia. No seu processo de beatificação, consta que “nunca pregou um sermão sem que várias almas se convertessem a Deus”. A eficácia de sua oratória estava, segundo o próprio João dizia, em amar muito a Deus, em dedicar-se muito mais à oração que aos livros: em perder-se na presença do Senhor. Era, nas palavras de Paulo VI, que o canonizou, “uma cópia fiel de São Paulo”.

Amigos santos

Foi contemporâneo e amigo de outros santos: Inácio de Loyola, Pedro de Alcântara, Teresa de Jesus, João da Cruz… Sinais de que uma vida cercada de santas amizades nunca é estéril. “Um grande Amigo, que é Deus, o qual arrebata os nossos corações para o seu amor […] e Ele pede-nos que tenhamos muitos outros amigos, que são os seus santos”, escreveu João de Ávila (Carta 222).

Uma dessas amizades lhe levaria a viver mais uma prensa. Pela proximidade com Santo Inácio de Loyola, pensou em se tornar jesuíta, mas o projeto foi inviabilizado pelo comprometimento da saúde de João de Ávila. O Mestre de Ávila, como ficou conhecido, passou os últimos 16 anos da sua vida gravemente doente. Quase cego, morreu com 79 anos, em 10 de Maio de 1569, com um crucifixo na mão, na cidadezinha de Montilla.

Fonte: Canção Nova

Fontes:

– Vatican News
– Canção Nova
– Martirológico Romano
– Liturgia das Horas

Produção, pesquisa e redação: Fellipe S. de Oliveira

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