São João José da Cruz

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5 de março

São João José da Cruz, cujo nome de batismo é Carlos Caetano Calosinto, nasceu na Ilha de Isca, na Itália. Desde criança, em casa, já tinha uma grande devoção a Maria. Ao longo de sua vida, sempre invocava Nossa Senhora, buscando conselhos e conforto nas situações mais difíceis. Ele nasceu em uma família rica e religiosa e estudou com os agostinianos para aprofundar sua formação religiosa. Foi lá que o pequeno Carlos se apaixonou por Jesus e ouviu sua voz chamando-o para dedicar toda sua vida a Ele.

Vocação ao despojamento

Com apenas 16 anos, Carlos entrou para o convento de Santa Luzia no Monte, em Nápoles, onde mudou seu nome para João José da Cruz, no dia de sua profissão religiosa, aos 17 anos. Ele viveu entre os Frades Menores Descalços da Reforma de São Pedro de Alcântara, conhecidos como Alcantarinos. A regra mais austera dos Alcantarinos atraiu João José, que decidiu nunca usar sandálias. Essa busca pelo despojamento e simplicidade marcou toda sua vida.

Devoção particular a Nossa Senhora

João José tinha uma devoção especial a Nossa Senhora. Como Superior dos Alcantarinos, sempre manteve uma pequena imagem de Maria em sua escrivaninha, à qual contemplava e dirigia suas orações antes de qualquer decisão ou pronunciamento. Ele acreditava que não conseguia viver sem ela. Seus biógrafos e frades testemunham que ele recomendava prestar homenagem a Maria, pois através dela receberiam consolação, ajuda e luz para resolver os problemas. No leito de morte, suas últimas palavras sobre Maria foram: “Recomendo-lhe Nossa Senhora“, que pode ser considerado seu testamento espiritual.

Amor à pobreza

João José também mostrou um grande amor pela pobreza. Ele ia em busca dos pobres não apenas nas ruas, mas também nas favelas e casebres. Durante toda sua vida, usou apenas um hábito que com o tempo ficou todo remendado, o que lhe rendeu o apelido de “frade dos cem remendos”. Ele buscava imitar a Irmã Pobreza com perfeição e valorizava a simplicidade em sua vida, compartilhando o pouco que tinha com os mais necessitados.

Fiel a São Pedro de Alcântara

João José foi escolhido para fundar um novo mosteiro em Piedimonte e também construiu um pequeno eremitério chamado “A Solidão”, que até hoje é destino de peregrinações. Durante sua vida, teve que enfrentar a divisão entre os Alcantarinos da Espanha e da Itália. Como Provincial dos Alcantarinos da Itália, trabalhou por vinte anos para reunir novamente a família religiosa, mesmo enfrentando críticas injustas e calúnias. Ele foi muito fiel ao fundador da ordem, São Pedro de Alcântara, e contribuiu para restaurar a disciplina religiosa em muitos conventos na região napolitana.

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Santificando-se e levando outros à santidade

João José faleceu em 5 de março de 1734, aos 80 anos. Ele foi canonizado por Gregório XVI em 1839, juntamente com Francisco de Jerônimo e Afonso Maria de Liguori, que o conheceram durante sua vida e buscaram seus conselhos. Durante sua vida, João José experimentou fenômenos místicos que demonstram o sopro especial da graça em sua vida, como bilocações, profecias, leitura dos corações, levitação, curas miraculosas e até mesmo uma ressurreição. No entanto, sua santidade e testemunho de vida ordinária falavam mais alto do que esses dons carismáticos.

Fontes:

– Vatican News
– Canção Nova
– Martirológico Romano
– Liturgia das Horas

Produção, pesquisa e redação: Fellipe S. de Oliveira

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