Santa Catarina Tekakwitha nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Filha de um chefe indígena Mohawk e de uma mãe cristã, Tekakwitha teve uma infância marcada pela tragédia.
Ela acabou perdendo os pais ainda muito jovem em uma epidemia de varíola. Essa doença ainda a deixou parcialmente cega e com o rosto desfigurado pelas marcas da doença.
Sob os cuidados do tio, Tekakwitha foi alvo de hostilidade devido à sua fé cristã, que a impedia de aceitar propostas de casamento. Diante das pressões e ameaças do tio, ela decidiu fugir e buscar refúgio na missão dos jesuítas em Sault, perto de Montreal, onde foi batizada e recebeu o nome de Catarina Tekakwitha.
Uma vida dedicada à fé e à natureza
Após sua conversão, Santa Catarina Tekakwitha viveu uma vida marcada pela devoção a Jesus Cristo e à natureza. Mesmo com sua saúde frágil, ela dedicava-se ao serviço dos idosos e doentes, além de passar longos períodos em oração na floresta, junto a uma cruz que ela mesma havia traçado em uma árvore.
Em 1679, Tekakwitha fez voto perpétuo de castidade, expressando seu desejo de fundar um convento para moças indígenas, porém seu guia espiritual a impediu devido à sua saúde delicada.
Receba conteúdos exclusivos para ajudar no seu relacionamento com Deus!
Apesar das tribulações e austeridades enfrentadas ao longo de sua vida, Santa Catarina Tekakwitha sempre se mostrou alegre e disposta a ajudar a todos ao seu redor.
A canonização e devoção
Santa Catarina Tekakwitha faleceu, em 17 de abril de 1680, com vinte e quatro anos de idade.
Um milagre presenciado por testemunhas ocorreu momentos antes de sua morte, quando seu rosto desfigurado tornou-se belo e sem marcas.
Em 2002, Santa Catarina Tekakwitha foi beatificada pelo Papa João Paulo II e tornou-se padroeira da 17ª Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá.
Em 2012, foi canonizada pelo Papa Bento XVI, sendo a primeira santa pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja Católica.
Como padroeira da ecologia e do meio ambiente, Santa Catarina Tekakwitha é um exemplo de devoção à criação de Deus e à vida em harmonia com a natureza. Sua vida breve mas pura a tornou conhecida em todas as nações indígenas como “o lírio dos Mohawks“, intercedendo por aqueles que buscam sua ajuda.
