Santo Antônio de SantAnna Galvão (Frei Galvão)

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24 de outubro

Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido como Frei Galvão, nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. Ele nasceu em uma família muito religiosa, rica e nobre, sendo o quarto de dez filhos. Seu pai, Antônio Galvão de França, era comerciante e pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Sua mãe se chamava Isabel Leite de Barros.

A Adolescência e a Devoção a Sant’Ana

Aos 13 anos de idade, Frei Galvão foi enviado pelos pais para estudar ciências humanas no seminário jesuíta Colégio de Belém, em Cachoeira, na Bahia. Durante seus quatro anos de estudos lá, ele se destacou nas áreas de construção civil e prática cristã. Foi nessa época que recebeu a triste notícia da morte prematura de sua mãe, o que o levou a adotar Sant’Ana como sua mãe espiritual, passando a se chamar “Frei Antônio de Sant’Anna Galvão”.

A Vida Franciscana

Após concluir seus estudos, Frei Galvão ingressou na Ordem Franciscana, no convento de Macacu, em Itaboraí, Rio de Janeiro. Em 11 de julho de 1762, foi ordenado sacerdote e transferido para o Convento de São Francisco, na cidade de São Paulo, onde deu continuidade aos estudos de filosofia e teologia.

O “Novo Esplendor do Convento”

Em 1768, Frei Galvão foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento, sendo reconhecido por sua dedicação e talento nesses cargos. Tamanho era o seu destaque que a Câmara Municipal de São Paulo lhe conferiu o título de o “novo esplendor do Convento”. Em 1770, ele foi convidado a fazer parte da Academia Paulistana de Letras devido às suas habilidades poéticas em latim.

A Fundação do Recolhimento Nossa Senhora da Luz

Em 1769, Frei Galvão foi designado para ser confessor no Recolhimento de Santa Teresa, em São Paulo, onde conheceu a Irmã Helena Maria do Espírito Santo. Ela dizia receber um pedido de Jesus: a fundação de um novo Recolhimento. Mesmo em uma época em que a construção de conventos e igrejas estava proibida, Frei Galvão decidiu assumir a fundação do Recolhimento Nossa Senhora da Luz. A construção levou 28 anos para ser concluída e deu origem ao Bairro da Luz em São Paulo.

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O Mestre dos Noviços e as Pílulas Milagrosas

Frei Galvão foi preso injustamente ao defender um homem, mas o povo e o Bispo de São Paulo intercederam por sua liberdade. Em 1781, ele foi nomeado mestre de noviços em Macacu e, em 1798, assumiu o cargo de guardião do Convento de São Francisco. Em 1811, fundou o Convento de Santa Clara em Sorocaba.

Além de suas atividades religiosas, Frei Galvão se destacou por sua vida de oração e pelos fenômenos místicos que testemunharam. Ele possuía habilidades como o dom da cura, dom de ciência, bilocação e levitação, sempre utilizando esses dons para ajudar os doentes e necessitados.

As Pílulas de Frei Galvão

Frei Galvão ficou conhecido pelas famosas pílulas milagrosas que ele distribuía. Em uma ocasião, diante da impossibilidade de ir rezar por um doente, ele escreveu uma frase do ofício de Nossa Senhora em um pedacinho de papel e o transformou em uma pílula. Ao ser tomada em oração, a pílula resultou na cura do doente. A fama das pílulas se espalhou rapidamente, e Frei Galvão passou a abençoar e distribuir essas pílulas para o povo, sendo relatados inúmeros testemunhos de graças alcançadas através delas.

A Canonização e o Legado

Frei Galvão faleceu no Mosteiro da Luz em 23 de dezembro de 1822, poucos meses após a independência do Brasil. Sua fama de santidade era tanta que uma multidão se reuniu para se despedir do santo. Em 1998, ele foi beatificado pelo Papa João Paulo II e, em 2007, foi canonizado por Bento XVI, tornando-se o primeiro santo brasileiro. Sua vida de dedicação à fé, às obras de caridade e seu legado de milagres e graças alcançadas tornam Frei Galvão um exemplo de santidade e de devoção no Brasil.

Fontes:

– Vatican News
– Canção Nova
– Martirológico Romano
– Liturgia das Horas

Produção, pesquisa e redação: Fellipe S. de Oliveira

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