São Francisco de Jeronimo: um Sacerdote Santo
São Francisco de Jeronimo, nascido em Grottaglia (Itália) em 1642, foi o primeiro de 11 irmãos. Aos dois anos de idade foi confiado a uma Congregação Eclesiástica fundada por Monsenhor Carácciolo. Estudou filosofia no Colégio de Tarento e teologia em Nápoles, sendo ordenado sacerdote em 1666.
Antes de entregar-se ao ministério direto com as almas, pediu aos Padres da Companhia de Jesus que o admitissem como prefeito de disciplina no colégio de Nápoles, onde passou quatro anos. Os alunos lhe chamavam “o prefeito santo”, por praticar à letra o Evangelho.
Em 1º de Julho de 1670, Francisco pediu para ser admitido na Companhia de Jesus, tendo o P. Reitor afirmado: “Hoje é dia de glória para a Companhia, porque hoje lhe dá Deus um santo”. E assim foi, na realidade.
Atuação Apostólica
Após o primeiro ano de noviciado, Francisco começou suas missões no território de Ótranto. O povo dizia que ele era “um anjo descido do céu para bem das nossas almas”. Ao completar o quarto ano de vida religiosa, foi destinado como operário para a casa professa do “Gesu Nuovo” de Nápoles.
Todos os domingos, Francisco pregava ao ar livre sobre a necessidade da penitência, a morte e as suas amargas surpresas, o juízo de Deus e os tormentos eternos do inferno. Por isso, foi repetidas vezes ameaçado e até maltratado à mão armada.
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Durante 30 anos seguidos, trabalhou com os mais pobres e abandonados da sociedade, tais como mulheres de má vida, presos condenados a trabalhos forçados, galeotes da frota espanhola, presos do Tribunal de Vicaria, carregadores do porto de Nápoles e escravos muçulmanos.
Milagres Atribuídos
Deus abençoou com manifestos milagres o zelo e a humildade de Francisco. Ele costumava trazer consigo uma relíquia de São Ciro e atribuía à ela todas as suas curas. Segundo testemunhas, o sacerdote teria dado vista a cegos, ouvido a surdos, razão aos loucos e vida aos moribundos.
O ideal de Francisco era trabalhar até o último instante, alegando que merecia muito mais do que o que estava fazendo. Em 1716, aos 73 anos, olhando fixamente para o céu, entregou a alma ao Senhor. Pio VII beatificou-o em 1806 e Gregório XVI concedeu-lhe as supremas honras dos altares em 1839.